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sábado, julho 24

Cidade do Além Tudo, Julho de qualquer ano...

Passei muito tempo longe, mas voltei... ainda disposta a contar sobre 'Dream', mas já não quero contar tantos detalhes, sei lá, talvez porque 'Dream' é único, sempre será. Eu sofri muito com a despedida, foram meses difíceis, acumulei algumas histórias, pretendo contar detalhes.
 
Vivi três dias de rainha com Dream, ele me pegou no colo na porta de entrada, me levou pra cama, me deu chá de limão, secou meu suor, me deu mais colo, e eu sorri de verdade, eu realmente ri. Ele foi tão amável, tão doce, beijou minha boca, invadiu-me com a língua, deixou-me acesa, mas depois com um sorriso apertava meu nariz e me entopia de comida, eu que raramente comia, tomei sopa, bebi muita água, tomei chá, remédio, foi perfeito. Quando eu me entusiasmava ao ver o volume em sua calça, Celestial ria, tirava pra fora do abrigo e eu babava, pedia pra tocar, e ele negava. Ai quase morria. Mas aguentava, e ele me enchia também de piadas. Ouvimos música, vimos filmes, dramas e ação, tudo tão amigável. Foi só no terceiro e último dia que aconteceu o que tanto esperava. Quando saí do banheiro, esbarrei nele, em toda aquela massa, ia cair, ele me segurou, encostei-me inteira, e ele me sorveu. Ele me levou pra cama, abriu minhas pernas, me comeu, me comeu com gosto, e eu aguentava todo o ‘tudo’ de Dream, era o que queria, queria morrer assim. Morri quando ele disse que tinha que ir. Morri quando percebi que era verdade.

“Não tem como fugir
De mim
Não há saída
Há uma porta
Que foi aberta
Há conquista, há luta
Quimera?

Não tem como fugir
De mim
Não corra, não escape
É fácil me ter assim
Não tem como fugir

Não tem como fugir
Sabido é a partida
Não escondo a verdade
São momentos insanos
Amanhã, voltarei à vida
Esqueceremos tudo
Nada aconteceu
Delírio momentâneo.”

Madame M.

A porta fechou. Lá fora, o homem risonho, gigante do amor, estava entrando no táxi. Ele daria o endereço ao motorista. Chegaria em casa, diria à mulher que estava com saudade, abraçaria o filho, e nem por um momento pensaria na puta que cuidou por dias. ‘Delírio momentâneo‘, ele disse, no final, mas no início era amor.
Mas foi então que eu entendi. Tudo clareou, ele não mentiu foi tão claro, foi amor mas era momentâneo, ou seja, acabou. A palavra caiu na penumbra do quarto.

Eu chorei depois que ele saiu, ninguém nunca saberá o quanto eu chorei por Celestial Dream.

Paula


2 comentários:

Waldry Henderson disse...

para um poeta uma das maiores fontes de inpiração é graça feminina....
bom encontrar uma poetisa que canta a sensualidade feminina....

Madame M. disse...

são comentários como o seu, Anderson, que fazem valer a pena o que eu escrevo. Sê benvindo ao meu mundo.

"O Diário de Paula, um clichê!"

Paula tem 24 anos, 1,78 de altura, cabelos castanhos claros, olhos azuis, corpo atraente;

os pais são do interior do Estado de Amor, por isso ela mora só num apartamento de dois quartos na cidade do Além Tudo.

A moça de sorriso fácil começou a fazer programas para pagar a faculdade, coisa natural para quem estava em uma situação como a dela, nada de grana, corpo bonito, uma amiga apresentou-lhe a vida, ela foi e conseguiu um 'estar' confortável.

A história de Paula é como as de tantas por aí...

situações como a dela são comuns de acontecer, e mais comum ainda são as moças desta vida escreverem sobre seus encontros,
descrever suas transas,


tudo isto Paula pretende fazer,

a única diferença de Paula é sua paixão por sexo,

o prazer que ela não consegue esconder.

Clichê?

Sim, a vida é um clichê.



Madame M.


Manuais

Manuais eróticos, como o "Kamasutra" e "O Jardim Perfumado", são algumas das mais conhecidas obras da literatura erótica. O "Ananga Ranga" é um outro manual de menor fama, especialmente destinado a impedir a separação entre marido e mulher.

As listas de prostitutas e os seus serviços também serviram como educação sexual na história, entre as listas está Harris's List of Covent Garden Ladies (1757-1795).

Desde o final da década de 1970, muitos manuais de sexo têm sido publicados e abertamente vendidos no mundo ocidental, entre eles, "A Alegria do Sexo".