Volto depois de uma semana acamada, disposta a contar como Celestial Dream cuidou de mim.
Madame quis falar comigo na mesma manhã que adoeci. Ligou para o celular perto do meio-dia. Era Celestial Dream que me solicitava. Disse a ela o meu estado, nariz vermelho, garganta inflamada, febre...
Madame nada falou, apenas desligou. Quase liguei de volta, mas a vaidade não permitiu. Celestial Dream não podia me ver assim. Não consegui comer nada. Adormeci com os olhos castanhos de Celestial Dream a me fitar e a sorrir.
Ouvi os sinos da Igreja branca perdida naquele lugar onde não havia vida. Misturados aos sinos batidas fortes, que se tornaram reais, na porta, alguém batia na porta.
Ombro encostado na parede, cabelos longos, olhar maroto, sorriso torto, e eu escuto “Não tem como fugir de mim”, e sinto as pernas bambas, seguro-me nele, pra não cair.
Paula
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